Parkour
O Parkour foi criado na França por David Belle,
durante a década de 80. É uma atividade que consiste em mover-se de um
ponto a outro o mais rápido possível, usando sobretudo as habilidades do
corpo humano. Seu objetivo é buscar formas alternativas de superar obstáculos
de qualquer natureza (pedras, muros, escadas, galhos, grades); logo, pode ser
praticado tanto no cenário urbano como no rural.
Um dos maiores entusiastas e estudiosos da deriva foi
Guy Debord. Esse autor formulou o início da Teoria da Deriva, em 1958, e
publicou na Revista Internacional Situacionista. Desde então, estudiosos,
acadêmicos e outros grupos variados experimentam esse procedimento com
interesses que vão desde simples estudos de uma cidade até a elaboração de
dissertações e teses.
No mundo
inteiro, flash mobs vêm ganhando cada vez mais aspectos
políticos e não apenas para mudar a rotina ou modificar o meio urbano. Na
Rússia, por exemplo, um grupo de pessoas se reuniu ao redor de um caixão e deram-se as mãos em luto formando um quadrado, declarando
a “morte da democracia" em 2003.
Nesse país, como há forte repressão aos protestos, flash mobs são
movimentos cada vez mais aceitos por serem facilmente organizados e atraírem
muitas pessoas, que depois se dispersam rapidamente - fato que , por muitas
vezes, dificulta a ação da polícia.
De acordo com
David Belle, o espírito no parkour é guiado pela vontade do praticante de
superar obstáculos no seu caminho, imaginando-se numa situação de emergência,
em que é preciso fugir rapidamente.
É um esporte que
exige muito preparo físico e muita concentração, visto que um mínimo "erro
de cálculos" pode causar sérios danos.
Deriva
A deriva
estuda as ações do ambiente urbano nas condições psíquicas e emocionais das
pessoas. Partindo de um lugar qualquer e comum, a pessoa ou grupo que se lança
à deriva deve rumar deixando que o meio urbano crie seus próprios caminhos, de
preferência elaborando um mapa de seu percurso com anotações que irão indicar
quais as motivações que levaram a tal caminho. É pensar: por qual motivo
viramos à direita e não seguimos em linha reta; por que paramos em tal praça e
não em outra; quais as condições que nos levaram a descansar na margem esquerda
e não na direita; ou seja, pensar que determinadas zonas psíquicas nos conduzem
e nos trazem sentimentos agradáveis ou não. Esse procedimento tem a finalidade
de transformar o urbanismo e a arquitetura, na medida em que proporciona um
espaço onde todos são agentes construtores e a cidade é o resultado.
Por fim,
deve-se levar em conta que o meio urbano é um potencializador da situação de
exploração vivida. Sendo assim torna-se necessário inverter esta perspectiva,
tornando a cidade um espaço para a libertação do ser humano.
Flaneur
A palavra vem do verbo "flâner", em francês, que significa "passear".
Mas Charles Baudelaire desenvolveu um significado derivado para essa
palavra, que é "uma pessoa que caminha pela cidade a fim de
experimentá-la".
O flâneur é o ser que observa o mundo que o cerca de maneira real e
descritiva, levando vida a cada lugar que vê. Ele descreve as cidades,
as ruas, os becos, o externo. Desvincula-se do particular, recrimina o
privado, de forma a ver a rua como um lar, refúgio e abrigo. Este
sentimento "flaneuriano" reflete a necessidade de segurança do
indivíduo, a necessidade de identificação dele para com sociedade. A rua
é seu lar, seu mundo. Ali nada é estranho ou prejudicial. Na rua se
sente confortável e protegido.
Walter Benjamin, do
seu ponto de vista marxista, descreve o flâneur como um produto da vida
moderna e da Revolução Industrial sem precedentes, um paralelo com o
advento do turismo. Benjamin tornou-se seu próprio exemplo, fazendo observações sociais e estéticas durante longas caminhadas pelas ruas de Paris.
Flash Mob
Flash Mob,
abreviação de Flash Mobilization (mobilização instantânea/rápida),
trata-se de uma repentina aglomeração de pessoas num espaço público para
executar uma ação inusitada previamente combinada - geralmente por e-mails ou
outro meios de comunicação social. Para dar um efeito interessante, a multidão
se desfaz na mesma rapidez em que foi formada.
Embora seja considerado como o primeiro flash mob um
feito em 2003, que reuniu cerca de 100 pessoas em volta de um tapete
específico numa loja em Manhattan, há quem use o termo flash mob de forma mais ampla, abrangendo as manifestações políticas. Nesse sentido, a Revolução Francesa apresentaria exemplos de flash mob,
como quando o povo tomou a Prisão de Bastilha e invadiu o Palácio de
Tulherias, fazendo a família real de refém, para pressionar a burguesia.
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